segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cidade dos Ossos, de Cassandra Clare

Cidade dos Ossos (Os Instrumentos Mortais #1)Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Ano de lançamento: EUA: 2007 – BRA: 2010
Título original: City of Bones: The Mortal Instruments
Número de páginas: 462
Outros livros da série Cidade dos Ossos; Cidade das Cinzas; Cidade de Vidro; Cidade dos Anjos Caídos; Cidade das Almas Perdidas; Cidade do Fogo Celestial;

Quem disse para você que lobisomens, fadas, sereias, vampiros e qualquer outro ser mágico da nossa mitologia são produto da imaginação dos nossos ancestrais não poderia estar mais enganado. Certamente essa pessoa mentiu, embora que indiretamente. Por quê? Porque estou certo de que nem ela sabe da verdade. A verdade escondida em outro mundo, numa dimensão diferente da nossa. Cidade dos Ossos é sem dúvidas um verdadeiro espetáculos para leitores apaixonados por fantasia – olha eu aqui \o/ – e não deixa a desejar em momento algum. Não basta imaginar, você tem de acreditar.
A protagonista do livro, uma ruiva de 15 anos chamada Clarissa Fray – ou simplesmente Clary –, só queria se divertir em uma boate nova-iorquina sem restrição de idades quando foi para o Pandemônio. Eu sei, só o nome já é macabro o bastante para uma boate, mas as coisas ali são mais estranhas do que parecem. Ao perceber um cara repleto de tatuagens que segura uma faca em uma atitude suspeita, Clary decide seguir o garoto que supostamente seria a sua vítima, o qual havia se afastado da multidão com uma garota incrivelmente bela – e cruel. O inevitável então acontece, e Clary torna-se a única testemunha do assassinato. Um assassinato nada normal, diga-se de passagem.
           As armas esquisitas usadas para atacar o garoto parecem brilhar aos seus olhos; como se isso não fosse estranho o suficiente, o corpo do garoto ou qualquer sinal do ataque desaparecem misteriosamente, como se tivessem simplesmente evaporado no ar. Estranho? Não até ela descobrir que o garoto era um demônio, e que, na verdade, os assassinos são Caçadores de Sombras (Shadowhunters, no original), criaturas descendentes de anjos e humanos que têm como missão caçar e matar demônios, além de outros seres mágicos que ousem quebrar as regras do Mundo das Sombras. O pior de tudo? Apenas Clary consegue enxergá-los, mas ela se recusa a acreditar que está ficando louca. A essa hipótese, é melhor achar que tudo aquilo é real. Que demônios realmente existem, que vampiros não são apenas lendas e que fadam realmente têm um reino encantado...
Os mundanos normais não conseguem enxergar esse mundo mágico, e, embora a explicação que a autora dá possa parecer embaraçosa no início, tudo se acerta no decorrer da leitura. Como várias outras coisas, aliás, que parecem desconexas ou esquecidas e que de repente sabemos a verdade. A Cassandra foi muito cuidadosa nessa parte e, na medida do possível, não deixou escapar nada para o primeiro volume de uma série composta por seis livros.
 Mas, continuando com o enredo...
Apesar de Clary estar convencida da existência de seres dos mais variados tipos, uma pergunta ainda não pôde ser respondida? Por que, afinal, ela é a única humana capaz de enxergar esses seres? De início, ninguém sabe a resposta – bem, não exatamente ninguém – e após uma briga com sua mãe, Jocelyn Fray, ela decide sair às ruas iluminadas de Manhattan com o seu melhor amigo, um quase-nerd irônico que faz de tudo por ela chamado Simon.
Na noite que deveria ser normal, como quase todas as outras, Clary se depara com um dos Caçadores de Sombras da boate: Jace Wayland, um cara atraente com aparência de anjo, mas com uma arrogância e orgulho fora do comum para os outros rapazes de sua idade. Uma vez envolvida em seu mundo e no dos outros Shadowhunters – Alec e Isabelle, que, por sinal, não gostam nem um pouco da ruivinha – Clary se dá conta de que não vai ser mais tão fácil escapar desse mundo mágico e estranhamente... estranho. Digo isso porque sua mãe acaba sendo atacada e desaparece sem deixar rastros, e também porque Clary em pessoa é atacada por um demônio. O que não deveria acontecer, considerando que ela e sua mãe são apenas duas humanas comuns. Ou quase comuns.
A história segue então com Clary em busca de respostas e a procura de sua mãe, e acabará descobrindo segredos importantes sobre o seu passado e o de sua família – o que, aparentemente, é a chave para descobrir toda a verdade. Ou pelo menos parte dela. Várias outras perguntas surgem no decorrer da história e o enredo é de fato mágico. Uma fantasia urbana escrita por uma autora genial e que não tem medo de desafiar o mais crente dos leitores a embarcar em uma jornada imprescindível da qual muita gente não vai querer voltar.


Um comentário:

  1. Esse livro é tudo <33
    Eu parei no quarto livro da série, ainda não tinha lançado Cidade das Almas Perdidas nessa data. E eu surtei muito, deu vontade de morrer, jogar o livro na parede, porque terminou de uma forma tão odiosa!! Mas o tempo passou e eu, enfim, comprei o quinto livro. Só que ainda nem o li porque não tenho Cidade do Fogo Celestial e estou com medo de acontecer tudo de novo :/ haha
    Ah! Você escreve muito bem e adorei seu blog :))

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