terça-feira, 7 de abril de 2015

Dica da Semana #8 – Diário de Uma Paixão

Diário de Uma PaixãoNicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Ano de lançamento: EUA: 1996 – BRA: 2011
Título original: The Notebook
Número de páginas: 208

“Uma história de amor simples e pequena, mas cativante”. Assim pode ser definido esse sucesso de Nicholas Sparks, um dos autores mais vendidos dos últimos anos. Não é mais novidade ver seus livros no topo da lista de “Mais Vendidos” do The New York Times. Nem se apaixonar enquanto lê suas histórias – nem que seja um sentimento passageiro por um dos seus personagens. Ou até mesmo pela história em si.
Nas poucas mais de 200 páginas do livro – na edição de bolso – conhecemos Noah, um homem apaixonado por poesia e que, diferentemente da maioria das pessoas, consegue ver a beleza das pequenas coisas. Não precisa de muito para ser feliz – apenas de Allie, sua ex-namorada do passado, a quem nunca esqueceu. E todas as lembranças do verão que os dois passaram juntos voltam à tona quando, inesperadamente, ela aparece em sua casa, sendo que há quase uma década os dois já não se viam ou mantinham alguma forma de contato.
A história oscila em vários momentos, mas, em geral, ela se passa entre as décadas de 1930 e 1940. Nesse período, Noah conta como se apaixonou pela Allie pela primeira vez e como enfrentou sua partida nos anos que se seguiram. Continuou vivendo, é claro, mas uma parte de si fora levada com a única mulher que ele realmente já amou na vida. E vê-la ali, na soleira de sua porta, é uma baita surpresa.
Allie está noiva de Lon, um requisitado advogado da cidade em que moram, mas isso não é motivo o suficiente para impedi-la de forjar uma viajem para a costa leste americana, tudo para reencontrar o seu amor do passado. Pelo fato de ser mais rica que o namorado, sua família a impediu de continuar com ele, mas isso não apagou completamente a paixão entre os dois. Agora, relembrando os momentos que já passaram juntos, ambos repensam sobre as escolhas que já fizeram na vida e do que precisarão abrir mão para ficarem juntos. Talvez não valha a pena, mas isso eles só saberão se tentarem. De qualquer modo, Allie está em dúvidas se ainda ama o mesmo homem de antes, mesmo já estando noiva de outro, e se vale a pena sacrificar a felicidade de algumas pessoas só por aquilo que quer.
Repleto de trechos de famosos poetas americanos e de cartas para lá de tocantes, Diário de Uma Paixão é um livro leve e pequeno, escrito para ser lido em uma noite e apreciado da melhor maneira possível. Não apenas para os apaixonados, mas também para aqueles que sonham em se apaixonar perdidamente por alguém e que, enquanto esse dia não chega, podem ser feliz vivendo um pouco da história de amor dos outros – partilhando com os personagens de momentos que você ainda vai ansiar por viver. 

segunda-feira, 23 de março de 2015

A Escolha, de Kiera Cass

A Escolha (A Seleção #3)Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: EUA e BRA: 2014
Título original: The One
Número de páginas: 352
Outros livros da série: A Seleção; A Elite; A Escolha
Aviso: esta resenha contém spoilers dos livros anteriores

America, America... tenho certeza de que você não esperava que sua vida mudasse tanto em tão pouco tempo. Quero dizer, você sonhava em guardar dinheiro para se casar com Aspen e viver uma vida feliz, embora simplória, na casta Seis. Queria acordar ao lado dele todas as manhãs e ser surpreendida quando ele se levantasse mais cedo para fazer café e servi-la na cama. Queria ser sempre agraciada com o ar de sua presença e beijar aqueles lábios, enrocar-se em seus braços e se perder completamente em seu cheiro... Queria. Agora, isso está tão longe da sua realidade quanto Marlee voltar para o concurso a pedido do próprio Rei Clarkson. Em outras palavras: inalcançável.
A vida no palácio dos Schreave ultimamente tem oscilado entre bailes luxuosos e ataques rebeldes. O resultado desses ataques? Bem, um palácio destruído e uma cena de pós-guerra, mais parecendo... um cenário de pós-guerra mesmo. Aliás, levando em conta tudo o que acontece – rebeldes x soldados – pode-se dizer que aquele é realmente o resultado de uma guerra. Uma guerra travada contra o rei, a rainha, o príncipe e as quatro Selecionadas remanescentes. O que já é o suficiente para fazer algumas delas repensarem sobre a possibilidade de ser princesa – conseguiriam viver em um lugar que já não é mais seguro? Mesmo com as dezenas – centenas, talvez – de guardas espalhado por ali, os rebeldes nortistas e sulistas sempre encontram uma forma de entrar no palácio e quebrarem tudo o que veem. Um desses grupos, porém, vai além: não só quebra tudo, como mata algumas dúzias de soldados e criados. Nessas horas, os esconderijos secretos são a salvação de todos os “mais importantes”, de acordo com o rei.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert

Comer, Rezar, AmarElizabeth Gilbert
Editora: Objetiva
Ano de lançamento: EUA: 2006 – BRA: 2009
Título original: Eat, Pray, Love
Número de páginas: 475 (Edição de Bolso)

Antes de tudo, é impossível não dizer que esse livro é realmente uma viajem por três países maravilhosos e culturas completamente diferentes. Não só culturas, mas também épocas, por que não? Muitas vezes a autora nos faz viajar no tempo e regressar séculos para nos contar detalhes importantes e fatos históricos de países ou cidades. A melhor parte de tudo isso: não nos sentimos em uma aula de História.  Não mesmo.
Comer, Rezar, Amar é uma espécie de diário, uma autobiografia, onde a protagonista é a própria autora e onde ela descreve os acontecimentos de sua vida, seus encontros, seus problemas, pensamentos e até mesmo desejos. Apesar de ela ser uma escritora bem-sucedida, Liz Gilbert não se sente feliz há muito tempo. Um dos principais motivos é o seu casamentos de 8 anos que já não é mais o mesmo. Ela não quer ter filhos – ao menos não por enquanto – e a pressão de passar dos 30 e ainda não ser mãe só parece piorar as coisas. Até que chega ao ponto em que ela e o seu marido (o nome dele não é revelado) passam a dormir em camas separadas – pior, em quartos separados.
Liz não quer mais estar casada, porém ainda ama o seu marido. Na verdade, o ama e o odeia com a mesma intensidade, e não sabe muito o que fazer ou como agir em relação à isso. Apesar de ela não querer mais estar casada, não faz a menor ideia de como irá dizer isso ao seu marido. Então ela decide, por fim, pôr um ponto final em sua relação acreditando que o divórcio será amigável – considerando que os dois já haviam se amado algum dia, não é justo culpá-la por pensar assim – e que vai ser a solução dos seus problemas. Engano dela. Ao que parece, ele é a fonte deles, pois o seu marido não aceita nem um dos acordos propostos pela sua advogada. Se ele continuar recusando todas as ofertas, os dois terão de seguir com o divórcio e ir para o juiz onde será decidida definitivamente a partilha de bens. E isso também, definitivamente, acabará com o seu plano de férias de um ano.
Itália, Índia e Indonésia. Esses foram os países que Liz escolheu para passar o ano –  quatro meses em cada um – sendo que cada um deles representa uma de suas buscas pessoais. Na Itália, ela procura por prazer. Claro, não é difícil encontrá-lo. Para isso, basta sair às ruas de Roma para tomar um gelato ou comer outras das comidas mais deliciosas do mundo. Mas ela não vai para Itália apenas para comer e engordar 10 quilos, pois, já jaz um tempo, Liz anda querendo aprender a falar italiano. Ela não se importa se a língua não vai lhe ajudar em nada na sua carreira profissional; desde que aprenda a falar o idioma, tudo está perfeitamente bem.

Quotes #5: O Aprendizado de Pequena Árvore

Aviso: quotes livres de spoilers.

Vovó disse que eu fizera a coisa certa, pois quando se encontra algo bom, a primeira coisa que se tem de fazer é partilhar com todo mundo; assim, o que é bom se espalha por lugares que a gente nem pode imaginar.
pág. 76


A partir do momento em que se desiste de alguma coisa, você se torna uma espécie de espectador.
– pág. 191


Wilburn me perguntou o que eu ia fazer quando crescesse. Respondi que ia ser um índio, como Vovô e Willow John, e viver nas montanhas. Wilburn disse que ia roubar bancos e orfanatos. Disse que ia roubar igrejas também, se pudesse descobrir onde guardavam o dinheiro. Disse que era mais do que provável que mataria todo mundo que dirigia bancos e orfanatos, mas não me mataria.  
                                                      – pág. 223

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dica da Semana #6 – O Aprendizado de Pequena Árvore

O Aprendizado de Pequena ÁrvoreForrest Carter
Editora: Record
Ano de lançamento: EUA: 1976 – BRA: 2006
Título original: The Education of Little Tree
Número de páginas: 256

É quase impossível imaginar que a história de um indiozinho cherokee de 5 anos possa ser tão divertida e estar tão cheia de reflexões sobre a humanidade, quase sempre incluindo a natureza, como acontece em O Aprendizado de Pequena Árvore. A obra tem um quê de inocência – pelo fato de ser narrada em primeira pessoa pelo garotinho – que dá uma veracidade a mais ao texto, deixando-o mais agradável de ser lido.
Os ensinamentos de vida de Pequena Árvore começam quando ele perde seus pais e, por isso, vai morar com seus avós. Simples assim, mas a narrativa trata de uma história surpreendentemente tocante, capaz de surpreender até mesmo o mais seleto dos leitores. Verdades sobre a natureza e os animais, e como é a real vida de um índio cherokee – muito diferente de tudo o que muitos imaginam –, é mais ou menos sobre isso que o livro trata. Do preconceito sofrido pelo fato de serem índios a como é a vida nas montanhas, o que eles precisam fazer para sobreviver à Depressão dos anos 1930 e como funcionava o negócio de uísque naquela época – tudo tratado de um modo tão interativo que se torna cativante, convidando o leitor a fazer, temporariamente, parte dessa pequena história.
  Não há muito o que dizer sobre a obra, pois só lendo para saber do que realmente estou falando. À primeira vista, a história não parece grande coisa e não aparenta guardar grandes surpresas. E é isso mesmo – ela não guarda, mas não deixa de ser reflexiva e estar repleta de quotes que, sem dúvidas, merecem uma atenção especial. Isso sem mencionar Vovô, um idoso pra lá de divertido e que não é lá muito fã de palavras... resumindo: personagens cativantes e só elogios para as pequenas histórias contadas ao longo da obra, além de pequenos e raros poemas, aparentemente escritos pelo próprio autor.
Portanto, se tiver a oportunidade de lê-lo, não deixe passar. Compre-o ou, se preferir, procure-o em alguma biblioteca pública, talvez você tenha a mesma sorte que eu tive e possa conhecer um pouco mais sobre a vida de Pequena Árvore. Quem sabe assim você possa explorar, juntamente com ele, algumas montanhas americanas, oscilando em momentos de profunda alegria e sentimentos indefinidos, causados pelas palavras de Forrest Carter. Não deixe passar, pois trata-se de um livro que deveria ser lido por todos. 
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