sábado, 30 de agosto de 2014

A Cabana, de William P. Young

A CabanaWilliam P. Young
Editora: Sextante
Ano de lançamento: EUA: 2007 – BRA: 2008
Título original: The Shack
Número de páginas: 240

O.K. Estou já há algum tempo sem saber como começar a falar sobre o pior livro que já li na vida. Para começar, só o li até o fim porque havia prometido para alguém que o faria, mas, desde o início, sempre soube que não era o tipo de livro que me atraía. Mesmo assim decidi encarar, com uma pequena fagulha de esperança de que seria melhor do que eu estava esperando que fosse. Não gosto muito de livros do tipo, que são uma autoajuda fantasiada de ficção. Quanto a isso não me restam dúvidas: mais parece autoajuda, sim!
Do início ao fim, o livro não consegue chamar a atenção em nenhum ponto. Além do mais, a narrativa é extremamente amadora e você percebe logo que trata-se do primeiro livro do autor. Não só isso, como que foi a primeira coisa que ele escreveu. É como se ele fosse padre e, de repente, decidisse escrever um livro, sendo que nunca havia escrito nada antes. O resultado? Desastroso, é óbvio.
A Cabana conta a história mais sem graça já conhecida por mim – e isso inclui todos os livros que já li, filmes que já vi e qualquer outra forma de contar histórias, incluindo desenhos animados japoneses. Aliás, não sei se daria para dizer “história”, pois esse livro é justamente a falta dela. Sabe aqueles livros que depois de você ter lido mais de 200 páginas se dá conta que ele não contou NADA? Talvez você não saiba, pois acho que este é o único em que isso acontece. O livro é único, sim, mas de uma maneira negativa.
Pois bem, deixe-me resumir as 240 páginas do livro: Mackenzie, o protagonista (sempre que vejo esse nome, lembro-me imediatamente da universidade homônima) é um homem que vive a Grande Tristeza – termo irritante que o autor inseriu no livro para determinar o período pós-desaparecimento de sua filha, Missy. Eles saíram para acampar quando ela desapareceu e evidências de que ela foi assassinada são encontradas em uma cabana – isso me lembra as histórias do Harlan Coben, com exceção de que ele elabora melhor as coisas e consegue contar a história de uma maneira bem mais empolgante e verdadeira. Acho que esse foi o maior problema do autor: ele não sabe contar histórias.
Depois disso? Bem, quatro anos depois ele recebe um bilhete escrito por Deus, dizendo para ele voltar à cabana. Ele volta, é claro, e o encontra lá. Mas ele não está sozinho: também está seu filho, Jesus, e o Espírito Santo. A história acaba por aí, e isso tudo é contado em cerca de 70 páginas. O resto é só reflexões zoadas sobre a vida, as quais não transparecem nenhum fundo de verdade. Você lê, lê e não para de encontrar coisas desnecessárias e passagens ridículas.
Aliás, o livro é ridículo do início ao fim. Provavelmente, irão dizer que eu o odiei pelo simples fato de ser uma leitura obrigatória – por conta da promessa – e porque eu não esperava nada de bom. Na verdade, eu o odiei porque ele é ruim mesmo. Quando comecei a ler, esperava que estivesse errado a respeito da sinopse e que o livro me surpreenderia. Mas não foi isso o que aconteceu.
Definindo o livro em uma frase: muito barulho por nada. Quero dizer, o livro esbanja suas 2 milhões de cópias vendidas – o que não é nada quando comparado com outros livros, que venderam mais de 10, 15 milhões – e pede para que repassemos o livro para o próximo, além de falar para os outros sobre suas maravilhas. Então... eu falaria, se tivesse alguma.
Discordando do Mike Morrell, se você só puder ler um livro de ficção este ano, NÃO LEIA A Cabana. Procure algo mais profissional para ler, pois de livros amadores o mundo está cheio. E não, William P. Young, não vou recomendar o livro para ninguém que eu conheça, pois não acho que alguém mereça perder tempo com suas palavras.
P.S: Não, eu não sou ateu. 



4 comentários:

  1. como chorei com esse livro!
    a lição de amor, redescoberta e fé me encantou!
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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    1. Eu não gostei, mas respeito sua opinião. Conheço pessoas que leram e adoraram, mas isso não aconteceu comigo.

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  2. Olá Zach!
    Eu também não gostei muito do livro, mas cara, você foi muito cruel na sua analise kkkk não que eu tenho reprovado, só é algo novo ler tamanha revolta sobre um livro.
    Abraços

    estantejovem.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Cara, odiei esse livro. Fiquei tão revoltado com ele que tive de escrever uma resenha extremamente negativa. Normalmente, não falo coisas assim de um livro, mas tive de abrir uma exceção para esse... perda de tempo.

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