A Cabana – William P. Young
Editora: Sextante
Ano de lançamento: EUA: 2007 – BRA: 2008
Título
original: The Shack
Número de páginas: 240
O.K. Estou já há
algum tempo sem saber como começar a falar sobre o pior livro que já li na
vida. Para começar, só o li até o fim porque havia prometido para alguém que o
faria, mas, desde o início, sempre soube que não era o tipo de livro que me
atraía. Mesmo assim decidi encarar, com uma pequena fagulha de esperança de que
seria melhor do que eu estava esperando que fosse. Não gosto muito de livros do
tipo, que são uma autoajuda
fantasiada de ficção. Quanto a isso
não me restam dúvidas: mais parece autoajuda, sim!
Do início ao
fim, o livro não consegue chamar a atenção em nenhum ponto. Além do mais, a
narrativa é extremamente amadora e você percebe logo que trata-se do primeiro
livro do autor. Não só isso, como que foi a primeira coisa que ele escreveu. É como
se ele fosse padre e, de repente, decidisse escrever um livro, sendo que nunca
havia escrito nada antes. O resultado? Desastroso, é óbvio.
A Cabana
conta a história mais sem graça já conhecida por mim – e isso inclui todos os
livros que já li, filmes que já vi e qualquer outra forma de contar histórias,
incluindo desenhos animados japoneses. Aliás, não sei se daria para dizer
“história”, pois esse livro é justamente a falta dela. Sabe aqueles livros que
depois de você ter lido mais de 200 páginas se dá conta que ele não contou
NADA? Talvez você não saiba, pois acho que este é o único em que isso acontece.
O livro é único, sim, mas de uma maneira negativa.
Pois bem,
deixe-me resumir as 240 páginas do livro: Mackenzie, o protagonista (sempre que
vejo esse nome, lembro-me imediatamente da universidade homônima) é um homem
que vive a Grande Tristeza – termo irritante que o autor inseriu no livro para
determinar o período pós-desaparecimento de sua filha, Missy. Eles saíram para
acampar quando ela desapareceu e evidências de que ela foi assassinada são
encontradas em uma cabana – isso me lembra as histórias do Harlan Coben, com exceção de que ele elabora melhor as coisas e
consegue contar a história de uma maneira bem mais empolgante e verdadeira.
Acho que esse foi o maior problema do autor: ele não sabe contar histórias.
Depois disso?
Bem, quatro anos depois ele recebe um bilhete escrito por Deus, dizendo para
ele voltar à cabana. Ele volta, é claro, e o encontra lá. Mas ele não está
sozinho: também está seu filho, Jesus, e o Espírito Santo. A história acaba por
aí, e isso tudo é contado em cerca de 70 páginas. O resto é só reflexões zoadas
sobre a vida, as quais não transparecem nenhum fundo de verdade. Você lê, lê e
não para de encontrar coisas desnecessárias e passagens ridículas.
Aliás, o livro é
ridículo do início ao fim. Provavelmente, irão dizer que eu o odiei pelo
simples fato de ser uma leitura obrigatória – por conta da promessa – e porque
eu não esperava nada de bom. Na verdade, eu o odiei porque ele é ruim mesmo.
Quando comecei a ler, esperava que estivesse errado a respeito da sinopse e que
o livro me surpreenderia. Mas não foi isso o que aconteceu.
Definindo o
livro em uma frase: muito barulho por nada. Quero dizer, o livro esbanja suas 2
milhões de cópias vendidas – o que não é nada quando comparado com outros
livros, que venderam mais de 10, 15 milhões – e pede para que repassemos o
livro para o próximo, além de falar para os outros sobre suas maravilhas.
Então... eu falaria, se tivesse alguma.
Discordando do
Mike Morrell, se você só puder ler um livro de ficção este ano, NÃO LEIA A Cabana. Procure algo mais
profissional para ler, pois de livros amadores o mundo está cheio. E não, William P. Young, não vou recomendar o
livro para ninguém que eu conheça, pois não acho que alguém mereça perder tempo
com suas palavras.
como chorei com esse livro!
ResponderExcluira lição de amor, redescoberta e fé me encantou!
http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Eu não gostei, mas respeito sua opinião. Conheço pessoas que leram e adoraram, mas isso não aconteceu comigo.
ExcluirOlá Zach!
ResponderExcluirEu também não gostei muito do livro, mas cara, você foi muito cruel na sua analise kkkk não que eu tenho reprovado, só é algo novo ler tamanha revolta sobre um livro.
Abraços
estantejovem.blogspot.com.br
Cara, odiei esse livro. Fiquei tão revoltado com ele que tive de escrever uma resenha extremamente negativa. Normalmente, não falo coisas assim de um livro, mas tive de abrir uma exceção para esse... perda de tempo.
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