Editora: Galera Record
Ano de lançamento: EUA: 2009 – BRA: 2011
Título
original: City of Glass: The Mortal Instruments
Número de páginas: 476
Outros livros da série: → Cidade dos Ossos;
→ Cidade das Cinzas; → Cidade
de Vidro; → Cidade dos Anjos Caídos; → Cidade das Almas Perdidas; → Cidade do Fogo Celestial
Aviso: esta resenha contém
spoilers dos livros anteriores
Nesse terceiro
volume de Os Instrumentos Mortais, Clare mostrou mais uma vez toda a sua
capacidade de surpreender os leitores e fazer-nos ficar grudados ao livro horas
a fio, dedicando a maior parte do nosso dia a leitura dessa maravilhosa e
espetacular série, recebendo em troca todos os sentimentos que suas palavras
são capazes de provocar.
Se ainda restava
alguma dúvida de que a Cassandra era
realmente formidável, ela se foi pelo ralo assim que virei a última página e
relutantemente fechei o livro, com uma mistura de felicidade, tristeza e apreensão.
Como não se sentir assim depois de ter acompanhado a vida de personagens tão
reais e de repente se dar conta que eles foram arrancados bruscamente de você,
embora você não quisesse abandoná-los? A conclusão de uma série, ou mesmo de um
único livro, é algo pelo que esperamos e tememos. Por mais que queiramos saber
como tudo acaba, não queremos que acabe, afinal.
Embora Cidade de Vidro não seja exatamente o
final da série, não há dúvidas de que ele é o fechamento de um ciclo. E após
concluir sua leitura, por algum tempo me senti como se tivessem me oferecido
uma droga, que eu a tivesse consumido até viciar, e que, de repente, ela
tivesse acabado, causando abstinência e todos os problemas que surgem com ela.
Esse é o único problema de ser viciado em livros: depois que um dos seus
favoritos acaba, você se sente vazio e por um instante acha que nenhum outro
será capaz de substituí-lo e tapar o buraco emocional que a leitura do último
parágrafo da obra deixa em você.
Cidade de Vidro
é repleto de emoções do início ao fim, sem exceções. Não apenas batalhas
épicas, mas também revelações estarrecedoras que, como o próprio nome já diz, é
capaz de deixar qualquer um realmente estarrecido
(Quem ainda fala estarrecido?,
perguntaria Clary se ela estivesse lendo esse post). Para começar, sabemos como
a misteriosa mulher que aparece no final de Cidade das Cinzas pretende ajudar Clary a acordar sua mãe. Para
isso, a jovem Caçadora de Sombras precisa ir à Alicante e procurar por Ragnor
Fell, um poderoso feiticeiro que terá um papel importante no que diz respeito a
acordar Jocelyn do coma magicamente induzido que perdura desde o primeiro livro
da série.
Para chegar à
Idris e, mais especificamente, à Cidade de Vidro, Clary terá de enfrentar
alguns problemas e imprevistos pelo caminho. O primeiro deles é Jace, que, por
algum motivo, não quer ver a irmã em Alicante. Com a ajuda de Simon, ele põe em
prática um plano para impedir que Clary utilize o Portal. Dando certo ou não,
isso já não importa mais, uma vez que o Portal criado por Magnus no Instituto
tem de ser fechado antes de sua passagem, o que deixa a ruivinha furiosa. Desse
modo, ela terá de utilizar seus poderes para criar o próprio Portal, o que já é
perigoso o bastante mesmo sem mencionar que utilizar um Portal por si só e
tentar invadir o lar dos Caçadores de Sombras é um crime perante a Clave. E ser
filha do maior inimigo desses seres torna tudo ainda pior.
A busca de Clary
por Ragnor Fell e seu desejo incessante de acordar sua mãe não é a única parte
do enredo. Ao mesmo tempo em que ela corre contra o tempo, Valentim planeja os
últimos detalhes do extermínio de sua própria raça, embora ainda procure outra
forma de mudar a Clave sem ter de matar todos os Caçadores de Sombras do mundo.
Estes, por sua vez, se reúnem em Alicante para os últimos preparativos para a
batalha final.
Mas os Shadowhunters não serão capazes de
vencer sozinhos, pois o exército de Valentim está mais que preparado par
destruí-los. Dessa forma, a única maneira de existir a possibilidade de uma
vitória é juntando suas forças com os membros do Submundo, que são proibidos de
se aproximarem das redondezas da cidade. Será que um inimigo em comum será
motivo o bastante para unir as raças e deixar as diferenças de lado? Ou a Clave
irá se render a Valentim e abdicar de seus poderes, simplesmente por mero
orgulho?
Sendo o melhor
livro da saga até agora, Cidade de Vidro
fecha com chave de ouro a primeira parte da série, causando uma sensação de
êxtase nos leitores. Não apenas um livro de fantasia, mas a melhor parte de um
mundo desconhecido e inexplorado até então.
Nenhum comentário:
Postar um comentário