Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: EUA: 2005 – BRA: 2008
Título original: The Lightning Thief
Número de páginas: 400
Outros livros da série: → O Ladrão de Raios; →
O Mar de Monstros; → A Maldição do Titã; → A Batalha do Labirinto; → O Último Olimpiano
Os deuses do
Olimpo – isso mesmo, aqueles famosos da mitologia grega – agora vivem no
Ocidente, mais precisamente nos Estados Unidos. Eles não estão desaparecidos
nem deixaram de existir, é que apenas nós, seres humanos comuns, não
conseguimos vê-los. Mas eles são reais e vivem entre nós, esteja certo disso.
Mesmo que o chamem de louco por acreditar que eles possam existir, não dê a
mínima; apenas quem acredita sabe da verdade. E a verdade é sempre melhor que a
mentira inventada pela nossa própria ignorância. A mentira inventada para nossa
própria segurança. A mentira que salva.
Tudo bem que
pode ser perigoso saber de tudo o que realmente se passa, mas uma boa aventura
é sempre uma aventura perigosa. Monstros podem vir atrás de você, sim, mas eles
apenas tornam tudo mais divertido. Ou você vai dizer que não é bom embarcar em
um mundo de fantasias e sonhos onde a realidade fica para trás? Deixar o
planeta cruel e muitas vezes monótono em que vivemos para explorar o
desconhecido? Uma aventura do tipo é sempre maravilhosa e a chave para ela se
chama Percy Jackson e Os Olimpianos.
Percy não é o
verdadeiro nome do protagonista – para descobrir qual é, apenas embarcando –,
mas todos o conhecem assim. Seu melhor amigo, seu padrasto fedorento, sua
mãe... Sua mãe. Ela é a responsável por mandá-lo para os internatos! Com apenas
12 anos, ele já esteve em seis deles. De todos, foi expulso. Cada um por
motivos diferentes e acontecimentos suspeitos. Ele é realmente uma criança
problemática: além da dislexia e do déficit de atenção que apresenta desde
pequeno, ultimamente tem tido alucinações com personagens da mitologia grega.
Eles parecem ter saído dos livros escolares. E parecem ter saído dos livros
escolares para matá-lo.
Sua professora
de álgebra, a Sra. Dodds, já está há um tempo de olho nele. Em uma excursão ao Metropolian
Museum Of Art – ah, sim. Esqueci de falar: grande parte da história se passa em
Nova York – ela acaba se revelando um desses monstros perversos e tenta transformá-lo
em pó, o que acaba tendo o efeito inverso. Mas ninguém da Academia Yancy conhece
uma professora chamada Sra. Dodds. Todos são unanimes em dizer que não existe
ninguém com esse nome por lá, inclusive seu melhor amigo.
Após enfrentar a
pior fase de tudo – aceitar que todas as suas alucinações são reais – ele acaba
descobrindo uma pequena parte da verdade e vai parar no Acampamento
Meio-Sangue, um lugar de treinamento para pessoas como ele: metade humano,
metade deus – você não achou que eu fosse dizer pessoas psicóticas, achou? Há
vários tipos de semideuses por lá, filhos dos mais variados olimpianos. Percy
também é filho de um desses deuses, mas não faz ideia de qual. Seu pai o
abandonou quando ele era pequeno. Tão pequeno que nem se lembra de já ter
estado com ele algum dia.
A
vida no Acampamento segue divertida até que a notícia de que o raio-mestre, a
arma mais poderosa de Zeus, foi roubada. Logo Percy é designado para sair para
o mundo exterior para resgatá-lo, juntamente com dois dos seus amigos de lá.
Mas as coisas não serão fáceis: há todo tipo de monstros lá fora e, agora que
ele já sabe da verdade, pode enxergá-los sem nem um tipo de intervenção. Para
conseguir cumprir a missão, Percy deve primeiro descobrir quem foi audacioso o
bastante para roubar o raio do deus dos deuses. Além disso, terá de decifrar o
enigma do Oráculo, enfrentar o seu pai até então desconhecido e resolver vários
outros problemas que caíram sobre sua cabeça ultimamente.
Responsabilidade
de mais para um garoto, mas não responsabilidade de mais para um semideus.
Dessa forma, Riordan conquista os
leitores pela sua genialidade em conseguir trazer os deuses gregos para o
século XXI, abrigando-os em uma das maiores e mais badaladas metrópoles do
mundo, e pelos seus personagens versáteis capazes de sugar alguém para o mundo
de fantasia, esquecendo-se, assim, da realidade.
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