Editora: Seguinte
Ano de lançamento: EUA e BRA: 2012
Título
original: The Selection
Número de páginas: 384
Outros livros da série: → A Seleção; → A Elite; → A Escolha
A onda das
distopias atingiu mais uma escritora norte-americana: dessa vez, Kiera Cass, autora de The Siren,
livro publicado em edição independente nos Estados Unidos. Por falar no país, é
nele que se passa a trilogia A Seleção.
Ou melhor: no que restou dele depois das guerras e de décadas a frente da nossa
realidade. É uma longa história – bem, não tão longa assim – a de como o povo
americano deu lugar à Illéa, um país com um nome não muito convencional e onde
a monarquia agora reina – literalmente. Mas essa não tão grande história assim
é melhor explorada no livro, então não vou dar mais muitos detalhes.
No
recente país, a sociedade é dividida por castas. A mais nobre é a Um, onde
ficam todos os membros da realeza – príncipes e princesas, reis e rainhas. A
partir daí as castas vão até o número Oito, a pior de todas. Os Oito mal têm o
que comer e vestir – a maioria sequer tem onde morar – e podem ser comparados
aos mendigos da nossa atualidade. Eles são um povo pobre, sujo e, ao que
parece, infeliz. Ao menos é essa a impressão que passam, pois não dá para achar
que alguém pode ser feliz morando na rua e passando fome constantemente. É
assim que Illéa se divide. E lá, status muitas vezes é tudo.
America
Singer não é nem Um nem Oito. Ah, como ela está longe de ser Um...! No entanto,
ele também não está perto de ser Oito. Embora sua família não seja rica, eles
têm o bastante para se sustentar. Ela é uma Cinco, casta destinada em grande
parte aos músicos e artistas. Eles não são muito privilegiados pelas castas superiores,
mas os mais baixos o veem com bons olhos. E toda a sua família de artistas
gosta do que faz. Mesmo assim, Cinco ainda não é uma boa posição. Quero dizer,
não quando a oportunidade de ser princesa e morar em uma palácio repleto de
vestidos e joias entra na sua casa sem bater. America, agora, pode ser Um.
Por
todo o país, garotas solteiras entre 16 e 20 anos são convocadas para
participarem da Seleção. O que acontece é que o príncipe precisa de uma futura
noiva com quem possa se casar, para que no futuro ambos possam comandar
rigidamente o país, e a Seleção é a esperança de uma vida melhor para todas
aquelas que almejam um trono no palácio. Participar do concurso e ser princesa
elevaria America para um novo patamar. E, após subir tantos degraus na
sociedade, ela poderia puxar sua família. Tudo bem que eles não são
extremamente pobres, mas as coisas andam péssimas ultimamente e essa
oportunidade não pode passar em vão.
Por
um lado, America adoraria participar e ajudar sua família. Mas por outro... Bem,
a parte dela que não quer se inscrever é a que está apaixonada por Aspen, um
príncipe da casta Seis. Ele não é exatamente
um príncipe com ternos caros e uma coroa banhada em ouro, mas, para ela, ele é.
É o único homem capaz de preencher sua vida de felicidades e é dono do seu
pequeno reino particular. E, no entanto, os dois não podem ficar juntos. É
quase que ilegal se casar com pessoas de castas inferiores. Além do mais, só o
fato de sua mãe ficar sabendo que os dois andam saindo escondidos já seria o
suficiente para ela ter um ataque de nervos.
Pega
de surpresa por uma proposta irrecusável e uma certa aflição alheia, America
aceita se inscrever no concurso para conquistar o príncipe e concorrer a uma
coroa que ela não quer, certa de que não vai
ser convocada. Mas é claro que seu nome figura na lista de Selecionadas.
E esse simples fato vai ser capaz de virar sua vida ao avesso.
Repleto
de emoção e surpresas, A Seleção
mantém um ritmo constante de narrativa descontraída. Embora tenha um início um
pouco tímido, aos poucos ele se revela e mostra o real potencial da série. A
protagonista conquista já nos primeiros capítulos e logo você se pega torcendo
para que sua situação se resolva rápido, mas não sem antes provocar no leitor
as melhores emoções possíveis. Alguns poucos clichês são encontrados – típico
de contos de fadas –, mas são relevantes em sua grande maioria. O enredo é
empolgante e consegue manter a curiosidade para saber o que acontecerá no
próximo capítulo.
A Seleção não é um livro sobre
princesas, vestidos caros e um príncipe irrompendo em seu cavalo branco. Maxon
é, sim, o sonho de muitas garotas – no mínimo 34 – e a história, apesar de esse
ser apenas o primeiro volume, não é um conto de fadas moderno. Há muito mais
elementos empolgantes e personagens carismáticos à espera de novos leitores e,
embora a primeira impressão que o livro deixa seja a de um conto
infanto-juvenil exclusivo para garotas, não é bem isso que acontece. É uma
mistura de vários elementos, incluindo amor verdadeiro, vilã maléfica e guerras
que prometem para os próximos volumes.
parabéns pelo blog, está lindo!
ResponderExcluireu tenho esse livro, mas como estão faltando as sequencias ainda não li, pois me conheço e sei que vou ficar ansiosa!
http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/
Valeu! A Seleção está mais que recomendado. Espero que, quando leia, aprecie tanto quanto eu.
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