Não Conte a Ninguém – Harlan Coben
Editora:
Arqueiro
Ano de lançamento: EUA: 2001 – BRA: 2009
Título original:
Tell
No One
Número de páginas:
256
Ao iniciarmos a
leitura de Não Conte a Ninguém, conhecemos
David Beck e Elizabeth Parker, um casal com uma tradição bastante – em minha
defesa, essas são as palavras do próprio Beck – brega. Desde que os dois deram o primeiro beijo, quando tinham
apenas 12 anos, eles visitam o local onde o feito aconteceu: uma antiga árvore
no lago Charmaine, propriedade da família de Beck há várias gerações. O motivo
da visita anual se deve ao fato de que, abaixo das iniciais do nome dos dois,
há várias barras cravadas, sendo que cada uma representa um ano desde que eles
se beijaram pela primeira vez. Já havia 12 barras e, ironicamente, quando eles
visitam o local para marcar a 13ª, o azar parece ter tomado conta do casal.
Depois de um
mergulho no lago, Elizabeth desaparece misteriosamente. Ao ouvir um pedido de
socorro e tentar reagir, ainda sem saber o que exatamente está acontecendo,
Beck também é atacado por um objeto de madeira e cai no lago, inconsciente.
Esse acontecimento é o que dá o ponta pé inicial no livro, mas é apenas o
começo de uma longa rede de acontecimentos e mistérios capazes de nos fazer
passar a noite toda acordados, lendo, apenas para saber como a trama acaba e
desvendar os segredos por trás de tudo.
Oito anos após o
acontecido, David Beck ainda sofre a morte da esposa. Dias depois de ele ter
sido atacado e ter conseguido sair misteriosamente do lago, o corpo de
Elizabeth foi encontrado em estado deplorável, agora com a assinatura de um serial killer que costuma marcar todas
as suas vítimas – sempre mulheres – com a letra K queimada na pele. Nos dias
atuais, Beck terminou a sua faculdade de medicina e, agora Doutor, atende
pessoas carentes pela rede de saúde pública de Nova York, onde a maior parte da
trama se desenvolve.
Com a descoberta
de dois corpos encontrados no lugar onde o ataque a Beck e sua mulher
aconteceu, o caso volta à tona, dessa vez trazendo ainda mais perguntas e
aguçando os sentidos da polícia local, que se vê cada vez mais pressionada a
resolver um crime sem resposta. Os mortos, enterrados juntos ao possível bastão
de beisebol que acertou Beck na cabeça, foram aparentemente enterrados em uma
data próxima à do ataque no lago, oito anos antes. Além dessa descoberta
estarrecedora, estranhos e-mails anônimos estão sendo enviados para Beck. Isso
não seria um problema, claro, mas o que torna tudo ainda mais atormentador é
que os e-mails são escritos em códigos que apenas ele e Elizabeth poderiam
decifrar, o que faz ressurgir uma dúvida e esperança que atormentarão Beck até
ele descobrir toda a verdade que o cerca. Se a sua mulher estiver realmente
viva – o que é pouco provável – de quem foi o corpo enterrado há oito anos? E
porque só depois de todo esse tempo ela resolveu entrar em contato com ele?
Essas são
algumas perguntas que surgem à medida que avançamos na história, mas não são as
únicas. A cada peça do quebra-cabeça resolvida, o autor nos dá novas
informações que fazem a narrativa tomar outro rumo completamente diferente do
que imaginávamos. Aos poucos, Beck, que agora está sendo considerado pelo FBI o
principal suspeito do assassinato de Elizabeth, descobre novos segredos que
deveriam permanecer enterrados e embarca em uma busca por respostas, e, claro,
por Elizabeth, se é que ela está mesmo viva.
Ao mesmo tempo
em que está sendo caçado pela polícia, Beck ainda arranja outro problema: ele
também está sendo seguido por dois assassinos de sangue frio que, por algum
motivo até então desconhecido, parecem dispostos a tudo para impedi-lo de
descobrir toda a verdade sobre o que realmente aconteceu na noite em que
ocorreu o ataque no lago, que já não é mais o que parecia ser.
Enredo
fantástico. Crimes absolutamente brilhantes.
Coben brinca com
as expectativas do leitor a todo instante. Surpresas e revelações são o que não
faltam durante a leitura da obra e um clima de suspense é cultivado do início
ao fim. O autor sabe como manter o leitor entretido e curioso a respeito dos
mistérios, sem decepcionar com o final. Quando achei que tudo já estava acabado
e que todas as pontas soltas já haviam sido amarradas, a última e grande bomba
estoura e revela mais um segredo, esse de uma frase que muda todas as centenas
de páginas anteriores. A revelação nos faz implorar por mais algumas páginas.
Harlan Coben é um gênio! Meu primeiro livro dele foi esse, que li como livro paradidático no Ensino Médio (agradeço muito à minha professora de Português por ter passado esse livro para a turma *-*). A escrita dele é maravilhosa, instigante, que faz com que não queiramos parar de ler! Espero ler todos os livros dele algum dia ^-^
ResponderExcluirParabéns pela resenha e pelo blog :D
Beijinhos e bom fim de semana.
Isabelle - http://attraverso-le-pagine.blogspot.com.br/
Esse também foi o primeiro livro do Harlan que li e, desde então, descobri que seria fã desse cara. Já li outros livros dele e todos são simplesmente demais! Histórias inimagináveis com finais completamente imprevistos.
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