segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A Elite, de Kiera Cass

A Elite (A Seleção #2)Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano de lançamento: EUA e BRA: 2013
Título original: The Elite
Número de páginas: 360
Outros livros da série: A Seleção; A Elite; A Escolha
Aviso: esta resenha contém spoilers do livro anterior

Não estava nos planos de America fazer parte da Elite quando ela se inscreveu na Seleção. Para falar a verdade, ela não esperava sequer ser selecionada, quanto mais chegar tão longe na competição. Mas foi só passar algumas poucas horas na companhia do príncipe Maxon para que, imediatamente, esse fosse um dos seus principais desejos. Estava magoada com seu ex, Aspen, e estar ao lado de alguém tão charmoso e prestativo era uma maravilha. Principalmente porque o príncipe demonstrava gostar dela. Gostar MUITO dela. Tanto que, segundo as outras candidatas, ela era a favorita, a mais propícia a ser princesa. E esse é justamente o problema.
Para America, não há como separar Maxon da coroa que ele carrega para uma das candidatas. Ficar com ele significa ficar com o seu pior pesadelo: futuramente governar o país injusto em que vive e se submeter a todas as regras impostas pela família real. No entanto, nem sempre a coroa é motivo o suficiente para evitar a aproximação dos dois. Mesmo com Aspen trabalhando como guarda no palácio, America se vê cada vez mais envolvida com o príncipe, o que acaba alterando suas percepções a respeito do futuro que sempre quis para si. Em um primeiro momento, ela queria permanecer na competição apenas para ajudar sua família. E para ajudar Maxon em sua escolha, também, pois esse era o acordo dos dois. Mas, à medida que os dias se tornam noites, ela se questiona se o que está fazendo é realmente certo. Ao estar com Aspen, tem certeza de que é com ele que se casará, mas basta ver de relance o cabelo loiro do príncipe para ela esquecer a aliança dos dois e se atirar de vez na competição. A situação de America é complicada – divida entre dois amores, sendo que nem tem certeza se realmente ama um deles –, e as coisas tendem a só piorar.
Tempo. Essa parece ser a solução dos problemas dela. Porém, isso é o que ela menos tem. Os ataques dos rebelde ao palácio estão se tornando mais frequentes – e violentos. Em crise com as leis do país, America questiona a si mesma sobre o que é reivindicado com tanta violência e fervor. E se pergunta, também, se eles não têm razão ao quererem mudar os pontos em que são contra. O sistema de castas é extremamente injusto, e da mesma maneira que ser a única Cinco na competição pode ajudar America, pode também ser mais uma fonte de problemas enquanto a competição se torna mais árdua.
De maneira inesperada, ela começa, aos poucos, a perder espaço na competição. Em muitos pontos, America não concorda com Maxon – e isso afasta cada vez mais os dois. A certeza de que se ela quisesse seria a escolhida dele está deixando de existir, e, quando está magoada, é por Aspen que ela procura. Ele é o seu porto-seguro, a pessoa que faria tudo por ela. Exatamente como Maxon com uma das Selecionadas...
Enquanto novas candidatas se despedem do palácio e de todas as mordomias oferecidas por ele, o tempo de America se esgota. O círculo está cada vez mais fechado, e ela precisa decidir de uma vez por todas se quer continuar na competição apenas para ajudar sua família ou se está usando isso apenas como pretexto para não admitir que gosta do príncipe. Com seu coração secretamente em conflito, ela se dá conta de que está alimentando falsas esperanças com um dos dois donos de seu coração. Tanto Maxon quanto Aspen imaginam um futuro com ela, mas apenas um será o escolhido. A competição que antes começara com a escolha do príncipe parece, agora, girar ao redor de America. Mesmo sem perceber, ela detém o poder de alterar o futuro de todos ao seu redor. E tudo com apenas uma escolha.
Mais uma vez de uma maneira leve e descontraída, Kiera Cass consegue fazer o leitor se perder nas páginas narradas pela America. A garota impulsiva conta sua história da melhor maneira possível, incluindo pequenas doses de sarcasmo e sátira. Ação não é o ponto forte da trilogia, levando em conta que as únicas cenas do tipo dizem respeito aos ataques rebeldes ao palácio de Illéa. Mesmo assim, acontecimentos simples ganham proporções maiores e passam a ser suficientes para causar diversas emoções em quem o lê. Simples, mas divertido. 


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