Tem coisa melhor
que começar o mês lendo um livro que, eventualmente, se tornaria um dos seus
favoritos? Foi assim com Insurgente, segundo volume da trilogia Divergente.
Para falar a verdade, não sei se é exatamente o que eu chamaria de trilogia,
pois vi, dias atrás, que lançou nos Estados Unidos um livro chamado Four, que também faz parte da saga.
Pelo nome, deve ter algo a ver com o personagem Quatro, mas ainda não sei maiores
detalhes. De qualquer forma, eu já havia gostado bastante de Divergente,
e não esperava outra coisa do seu sucessor. Simplesmente empolgante e
bem-elaborado, Insurgente
conquista quem ainda não se rendeu à trilogia. Devo confessar que, no início,
não achei que seria tão bom quanto o primeiro, mas é claro que eu estava
errado. Muito recomendado para quem procura por algo intenso, inteligente e
brutal.
Após um dos
melhores livros, veio, para contrabalancear, A Maldição do Titã. O livro
chegou a ser um pouco decepcionante. Eu esperava bem mais, considerando que foi
escrito pelas mãos do Rick Riordan e
que os livros antecessores, principalmente o primeiro a saga, haviam sido
ótimos. No entanto, minhas esperanças iam pelo ralo a cada novo capítulo virado.
A série já esteve bem melhor e a vejo declinar a cada volume publicado. Aparentemente,
vai ser difícil superar O Ladrão de Raios. O enredo da obra não
conseguiu atrair muito a minha atenção e achei muitas cenas desnecessárias,
algumas até abusando do bom-senso. Sei que a série é infanto-juvenil e escrita
principalmente para crianças, mas os outros dois livros também são e nem por
isso foram tão fantasiosos. A meu ver, o livro tem poucos pontos positivos e
não é inteiramente ruim, mas também não é de todo bom.
A Última Batalha
foi o terceiro livro lido. Apesar de a capa ali ao lado (←) ser a do livro a parte, eu o li, na verdade, no
Volume Único, que reúne todos os sete livros. A história é pequena e foi
facilmente lida em um dia, sem muitas expectativas e empolgação. Quero dizer, o
livro é um dos melhores do Lewis,
mas todas as histórias de As Crônicas de
Nárnia, para mim, não são tão
maravilhosas assim. São boas e apenas isso. A minha favorita ainda continua
sendo O Leão, a Feiticeira e o
Guarda-roupa, mas A Última Batalha
também foi criativa e teve algumas novidades. A respeito dos livros, eles fazem
parte dos poucos em que prefiro o filme às palavras escritas. Acho até meio
irônico o C. S. Lewis ter dito certa
vez que não gostaria que seus livros fossem adaptados para o cinema, pois achei
os três filmes bem mais elaborados e fantásticos que os livros, que não têm uma
riqueza de detalhes tão grande quanto as obras do cinema.
Diferentemente
do livro anterior, Feia não é uma leitura leve e muito menos uma
história para crianças. Passa longe disso. Além do enredo um pouco pesado –
assédio sexual, violência constante e traumas físicos e psicológicos – ele
contém uma linguagem pesada. Acho que não poderia ter sido de outra forma. Um
enredo triste e esperançoso ao mesmo tempo. Pelo fato de tratar-se de uma
história verídica, às vezes sentia ódio da mãe da protagonista – na verdade,
era sempre –, mas também não morria de amores pela Clare, a protagonista em si.
Suas atitudes – falta delas, na maioria dos casos – me irritavam. Esperava que
ela fizesse algo, mas pouco via disso. No entanto, o livro me agradou de uma
maneira que não achei que o fizesse quando o peguei em mãos pela primeira vez.
Outro livro que
viria a ser um dos meus favoritos foi Cidade dos Anjos Caídos, da Cassandra Clare. Dá para não amar um
livro escrito por ela? Sem dúvidas uma das melhores autoras da atualidade. Suas
obras presenteiam o leitor de tal forma que não tem como não se apaixonar pela
sua maneira de escrever e por pelo menos um dos seus personagens. O 4º livro de
OsInstrumentos Mortais aparenta ser
mais maduro que os anteriores, seja lá o que for que eu esteja querendo dizer
com “maduro” quando me refiro a um livro. Só lendo mesmo para saber. Acho que a
história está um pouco mais adulta agora, mas continua na mesma linha de
excelência da primeira parte da saga. Novos conflitos e personagens surgem e a
obra consegue levar a série a um novo patamar demasiado empolgante, apostando
em cenas de horror que não podia-se imaginar ao ler as primeiras páginas de Cidade dos Ossos. Com toda a certeza possível, entra para o hall dos favoritos e reafirma que Os InstrumentosMortais veio para ficar. Não
esperava outra coisa; simplesmente genial.
Coraline é simples, divertido e de fácil compreensão. A
linguagem é bastante singela e a leitura, rápida. Muito recomendado para
crianças, mas não apenas para tais; adolescentes e adultos também podem se
render ao mundo sombrio construído pelo aclamado Gaiman. Não é de tirar o fôlego, mas o suficiente para entreter e
divertir o leitor. Também não é algo profundo e acho pouco provável que
signifique algo além de diversão para pessoas mais maduras; o público
infanto-juvenil, é claro, vai se render completamente e se encantar pelos personagens,
o que poderá acontecer aos outros leitores, mas, talvez, com menor intensidade
e crença. É o tipo de livro que eu chamaria de passatempo; leve, mas nebuloso.
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